O Carnaval de 2025 será disputado no início de março, diferente do ano passado, quando a festa foi na primeira quinzena de fevereiro. Devido a máxima “o ano só começa depois do Carnaval”, alguns comerciantes podem achar a folia tardia ruim, mas um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL Niterói) mostrou que a mudança que pode ter um reflexo positivo em diferentes setores da economia, desde turismo e comércio até a indústria e o mercado financeiro.
Segundo a CDL Niterói, especialistas apontam que o Carnaval mais tarde pode ser bom para os negócios, a depender do setor analisado. Para algumas áreas, como hotelaria, entretenimento e empregos, o adiamento pode representar maior faturamento e mais tempo para planejamento, sem falar nas contratações temporárias que tiveram início em novembro e se estendem até o pós carnaval.
O presidente da CDL Niterói, Luiz Vieira, estima que o comércio tenha um aumento de 5% nas vendas do carnaval, na comparação com o ano anterior. As fantasias, bebidas, alimentos, insumos e aviamentos passam a ser itens indispensáveis nas listas de compras dos foliões. Já para os cargos temporários, a previsão é que o comércio tenha atingido as 700 vagas preenchidas.
“Os números comprovam esse aquecimento: a venda de insumos, por exemplo, registrou um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. A economia local não espera que a folia acabe para ganhar força. Apesar da crença popular de que o ano só começa depois do Carnaval, a realidade do comércio de Niterói mostra o contrário. Para muitos setores, o ritmo acelerado já começou, longe de qualquer estimativa de retração”, afirmou Vieira.
O setor de Bares e Restaurantes promete puxar a economia no período, com faturamento previsto de R$5,4 bilhões. Em seguida aparece o Transporte de Passageiros, com mais de 3 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que prevê uma receita 2,1% maior em comparação a 2024. A confederação ainda diz que, se confirmada a projeção, esta será a edição mais lucrativa desde 2015.
Fonte: A Tribuna