No comércio, a aproximação do Natal deveria ser um momento de esfregar as mãos pra aumentar as vendas. Mas, pra conseguir isso atualmente, só na base de muita promoção.
Nem novembro é, mas não se admire se você estiver andando por um shopping center da sua cidade e der de cara com uma árvore de Natal. Sobrando, só na foto. Do outro lado da vitrine, o negócio não está bom. A esposa do Seu Carlos está procurando bolsa. O modelo tá bonito, o preço está bom – a dúvida é a cor. “Existe diferença de uma loja pra outra. Você tem que pesquisar, correr atrás senão dança na primeira que entrar”, afirmou Carlos Virgulino, comerciante aposentado. “Nós temos malas e kits com até 50% de desconto e ainda fazemos em seis ou até 10 vezes sem juros”, disse Paula de Castro, a gerente da loja. É preciso vender, custe o que custar – desde que não custe tanto. A Confederação Nacional do Comércio diz que quase 30% dos lojistas brasileiros estão com o estoque encalhado. Ou seja, o comércio inteiro correndo atrás de cliente, e o Luiz de bate papo no telefone. É por um bom motivo. “Estava chamando as clientes pra virem aqui na loja, que a gente tá com uma promoção superlegal”, contou Luiz Augusto Gasparini, gerente de marketing. “Depois do Dia das Crianças é sempre bom comprar os presentes das crianças, porque tem muita coisa que baixa de preço entre o Dia das Crianças e o Natal. As promoções eu acredito que ainda não começaram a ficar muito interessantes, não. Eu prefiro esperar mais um pouquinho”, disse Waléria Andrade, arquiteta. |
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Fonte: Jornal Floripa |