Não é de hoje que a sociedade vive sob a sombra do endividamento. E como se vivêssemos em um eterno Déjà vu, que nos remete ao tempo em que o cliente comprava e anotava nas famosas cadernetas para pagar quando recebesse o pagamento. A verdade é que atualmente, no momento em que realizamos compras com o cartão de crédito, consumimos energia, água, telefone, etc., nos tornamos devedores. Mas, contrariando o que muitos pensam, nunca inadimplentes.
Contudo, a inadimplência não pode ser vista como uma vergonha. Até porque, vergonha é quando o endividamento tem o propósito de não ser pago, ou mesmo, de agir com má-fé. O que acontece na maioria dos casos é que pessoas que se enveredam no difícil caminho do endividamento, sobretudo, no setor empresarial são por ausência total ou parcial de um planejamento. E quantos empresários nunca passaram, passam ou passarão por situações de dificuldades?
As biografias de homens bem sucedidos financeiramente no mundo relatam que todos eles, um dia, passaram por dificuldades. E em grande parte delas descrevem que as mesmas serviram de experiência para tomar decisões, corrigir a estratégia e voltar para o sucesso. Mas o que sucede é que às vezes, por mais informados que sejamos, tais referências não nos servem como lição para nos defender do endividamento que tira, literalmente, o nosso sono.
Na realidade, é urgente a necessidade de planejar a vida financeira de nossas empresas, e, principalmente, conhecer os nossos direitos para evitar no presente e no futuro, todas as complicações que vem atreladas as dívidas. Só assim teremos poder de negociação que nos ajude na quitação das dívidas. Nesse ponto, convém, no entanto ressaltar que a maior moeda de barganha é o conhecimento.
Para aqueles que hoje estão vivendo esta situação na pele e não estão conseguindo equilibrar contas. Se vendo perdido em meio a um emaranhado de contas do banco, governo etc. Meu conselho é que não se desespere. Afinal tanto banco quanto governo querem negociar. O principal é manter suas contas com o seu colaborador e seus fornecedores em dia, pois sem eles, sua empresa não sobreviverá para pagar as outras contas.
E pensando nisso, a fim de orientar o empresário sobre os seus direitos e deveres, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Niterói oferece um serviço de consultoria. É importante ressaltar que este serviço não é uma incitação ao endividamento, mas sim uma maneira de informar e tranquilizar o empresário.
Empresários, vamos ficar em dia com as nossas contas! Porque somente sem restrições de crédito sua empresa poderá comprar ou contrair empréstimos. E isso pode inviabilizar projetos. Essa é a forma de assegurar que todos paguem e, inclusive, se estende ao poder público. Haja vista que a Prefeitura de Niterói, até 2013 esteve no CALC, o SPC do serviço público, e que impedia a cidade de obter empréstimos. Somente após a nova gestão, a prefeitura limpou o seu nome e realizou vários projetos que estavam engavetados, alguns há mais de 40 anos. Isso demonstra a clareza de um resultado positivo e evidencia que o exemplo deve vir de cima.
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Joaquim Pinto
Presidente do Conselho Superior da CDL Niterói