A diretoria da CDL-Niterói reuniu as autoridades policiais da cidade para discutir sobre os arrombamentos e furtos nos estabelecimentos comerciais. A demanda surgiu a pedido dos próprios lojistas após a constatação de recorrentes casos, principalmente nos bairros do Centro, Icaraí e Santa Rosa.
Durante a reunião, a diretoria expôs suas principais preocupações.
“É muita demanda que chega e a gente queria entender para poder passar para os associados que vem nos perguntando”, comentou o diretor financeiro Sidney Moysés.
Além das violações nas lojas, a grande circulação de motos irregulares também foi citada como fator de alerta e o Capitão Domiciano, responsável pelas Companhias 1 e 2 (Centro e Zona Sul), detalhou todo o procedimento de verificação e vigilância das equipes com o problema.
“A gente tem feito um trabalho de qualificação nas abordagens, principalmente noturnas e a gente cria um prontuário novo. As filmagens servem para o trabalho policial porque a gente tem a imagem, a autoria e facilita uma representação”, afirmou.
Muitos comerciantes acabam não oficializando o crime diretamente na delegacia, por não querer se expor, por não ter tempo ou não conseguir deixar a loja sem um representante. Esse comportamento atrapalha as investigações e a possibilidade de trabalhar a mancha criminal com mais eficácia. O delegado titular da 77ª DP (Icaraí), Cláudio Otero, explicou a facilidade de abrir o registro de ocorrência on line
“O comerciante pode, dentro da sua própria casa, formalizar o registro e fazer uma comunicação que vai entrar na mancha criminal da cidade”, explicou.
O Presidente da CDL-Niterói, Luiz Vieira, também é diretor da Federação das CDLs do Estado do Rio de Janeiro e disse que vai levar todas as pontuações desta reunião para Brasília semana que vem.
“A questão do Comércio é intersetorial. Passa por vários ângulos. Precisamos discutir com os nossos representantes políticos as nossas propostas de mudança”, disse.
A diretoria da entidade está elaborando um ofício, que vai encaminhar os temas abordados abaixo para os órgãos competentes e dialogar com os empresários:
* Iluminação pública
* Limpeza e aumento do policiamento na Praça São João, no Centro
* Regularização do pátio Legal à nível de Estado
* Leis federais mais enérgicas no que diz respeito à condução e no tratamento de dependentes químicos
* Incentivar o registro online
* Incentivar o alarme sonoro
* Propor uma parceria nas informações (Dados de inteligência) entre a Secretaria de Assistência Social e a Polícia Civil
FONTE: A TRIBUNA